Resenha: Dezesseis

Título: Dezesseis 

Autora: Rachel Vincent

Editora: Universo dos Livros 

Páginas: 240

Resenhista: Mel

Adicione: Skoob

Sinopse: Em um mundo em que todos são iguais, uma garota se destaca por sair do padrão. Uma história promissora e de ritmo acelerado, escrita por Rachel Vincent, autora best-seller do The New York Times.

“Nós temos cabelos castanhos. Olhos castanhos. Pele clara. Somos saudáveis, fortes e inteligentes. Mas só uma de nós já teve um segredo.”
Dahlia 16 vê seu rosto em toda multidão. Ela não tem nada de especial – é apenas uma entre as outras cinco mil garotas que foram criadas visando o bem da cidade. Ao conhecer Trigger 17, porém, tudo muda. Ele a considera interessante. Linda. Única. Isso significa que ele deve ser defeituoso.
Quando Dahlia não consegue parar de pensar nele – nem resistir a procurá-lo, ainda que isso signifique quebrar as regras – ela percebe que deve ser defeituosa também. Mas, se ela for defeituosa, todas as idênticas também são. E qualquer genoma com defeito descoberto deve ser recolhido. Destruído. Ser pega com Trigger não apenas selaria o destino de Dahlia, mas o das cinco mil garotas com o mesmo rosto. No entanto… e se Trigger estiver certo? E se Dahlia for mesmo diferente? Subitamente, a garota que sempre seguiu todas as regras começa a quebrá-las, uma a uma…

Nota: 5/5

Oláá, amigos leitores 💟

Estou indignada e me coçando de agonia, porque esse é um livro muito top, com um roteiro completamente diferente do que eu já tenha lido e a editora Universo dos Livros não publicou o segundo livro, sendo que "Brave New Girl" é uma duologia. Em fim, mesmo isso sendo muito chato, vou contar um pouquinho sobre esse livro pra vocês.

"- Quando eu como, me pergunto se foi você quem plantou a comida. Quando vejo uma flor, me pergunto se não é uma dália. Nada mudou, que eu saiba, mas tudo parece diferente. É como se você estivesse no canto da minha visão onde quer que eu vá, mas, quando eu me viro para olhar, você nunca está lá."

O livro é narrado em primeira pessoa, nossa protagonista se chama Dahlia e vive em uma cidade chamada Lakeview. Seus integrantes são todos nacionalistas e feitos em laboratório, pessoas feitas com genes para favorecer o crescimento da cidade. Sendo assim, todos além de feitos em laboratório são clonados; grupos de milhares de pessoas com a mesma face, os mesmos genes; são ensinadas a trabalhar em uma área, assim que os indivíduos concluem o estudo e atingem a maioridade, eles são enviados para diferentes partes da cidade para mantê-la em funcionamento. Isso tudo me deixa indignada, são quase robôs! Ninguém. Não há ninguém na cidade inteira que não seja um clone. 

Mas como o livro é narrado por Dahlia, temos os pensamentos dela e vemos que não é bem assim. Porque percebemos que os pensamentos dela não é de acordo com o que deveria ser com todas as outras 4,999 Dahlia's. Não que os pensamentos e as ações dela fogem muito do normal, mas ela consegue ver mais, tem um olhar diferente para tudo e fica pensando nas coisas, tendo cada vez mais dúvidas e isso é desde sempre, ou seja, em todos os seus dezesseis anos de vida. 

"- [...] Mas, ao mesmo tempo, pensar nele faz com que eu sinta que estou no fim de uma corrida de revezamento. Como se todo o meu corpo estivesse vivo e me faltasse ar."

As coisas começam a acontecer mesmo quando ela fica presa em um elevador com um soldado e as câmeras param de funcionar. Dahlia tenta não conversar, porque é contra as regas socializar com indivíduos de outras áreas, mas ela não se sai muito bem em manter a boca fechada. Em pouco tempo que ficam presos no elevador, já  foi suficiente para transformar a vida de ambos. Dahlia sai do elevador como se finalmente estivesse viva, Trigger, o soldado, também sai assim. 

Ambos sentem atração um pelo outro, o que faz a cabeça da pequena Dahlia entrar em combustão. Ela quebrou uma regra falando com ele, e está diferente depois disso, ela não sabia o que significava o que estava começando a sentir por Trigger e com relação à todos ao redor, mas de uma coisa tinha certeza: Ela era diferente. E diferente é ruim. Ela tinha que ser igual à suas irmãs, ser diferente é ter uma anomalia no gene e isso coloca a produção em massa da cidade em risco. Mas porque tanto cuidado? Porque esse modelo? Somos jogados para um rede de mentiras e descobertas.

"Está claro que tenho um defeito. E o mundo não tem lugar para defeituosos."

Estou extasiada por essa história. Ele é impossível não comparar com o Brasil. A cidade fictícia cria muitos clones e cada grupo se especifica em uma determinada área que abrange uma sociedade; Dahlia está se tornando uma especialista em hidroponia, mesmo com o gene criado para serem inteligentes, eles restringem qualquer informação que seja desnecessária para onde ela for trabalhar. Um absurdo! Tratam como robôs, não desperdiçam tempo e têm que ser manso, de cabeça baixa. Fiquei tocada com Dahlia, quando ela não sabia o que os sentimentos significavam, a garota nem sabia como um homem e uma mulher podiam se beijar!

"É muito estranho e frustrante perceber de repente como não sei nada do mundo, e menos ainda sobre as pessoas que vivem nele."

Amei demais essa distopia, a escrita da autora também é muito boa e ela conseguiu me surpreender com toda a trama, agora só estou curiosa com tudo que vai discorrer. Vou tentar me aventurar na leitura do segundo livro em inglês, me desejem sorte haha 

Vocês já tinham visto esse livro por ai? Me contem aqui em baixo o que acharam e se já o leram também 🤗