Título: Os Sete Últimos Meses de Anne Frank
Autor: Willy Lindwer
Editora: Universo dos Livros
Páginas: 240
Sinopse: O "não escrito" capítulo final do Diário de Anne Frank relata o tempo entre a prisão de Anne Frank e sua morte. A história é contada por meio dos testemunhos de seis mulheres judias que sobreviveram ao inferno do campo de concentração do qual Anne nunca mais voltou. Inicialmente, o renomado cineasta holandês Willy Lindwer filmou o documentário "Os sete últimos meses de Anne Frank" e, depois disso, resolveu transformá-lo em livro. Para tanto, ele entrevistou mulheres que conheceram Anne Frank. O livro é composto pelos depoimentos de seis dessas mulheres - algumas que a conheceram antes de sua deportação para o campo nazista, e todas elas durante os últimos momentos em Bergen-Belsen. As histórias que estas mulheres têm para contar são semelhantes: o tratamento no campo, a forma como conheceram as irmãs Frank e a maneira como todas foram inexplicavelmente tocadas por sua vida. O fato de terem sobrevivido ao campo de extermínio é um milagre em si mesmo. Uma das sobreviventes, inclusive, teve a difícil missão de confirmar a Otto Frank as mortes de suas filhas, Anne e Margot. Os sete últimos meses de Anne Frank é o triste e verdadeiro relato de uma crueldade inimaginável e do milagre ocorrido para os que sobreviveram poderem contá-lo com suas próprias palavras.
Nota: 3/5
"Em Bergen-Belsen, olhava-se a morte nos olhos o tempo todo."
Oii pessoal, me diz que você também é curiosa (o) para saber como foram os últimos sete meses de Anne Frank. Essa garota que encantou alguns como eu com seu diário agora retorna sob o olhar de outras mulheres de quando foram presas no campo de concentração. Confiram a resenha para saber mais 😊
"Anne Frank morreu de doença, fome e exaustão em Bergen-Belsen, em março de 1945 - algumas semanas antes da libertação."
Se vocês já leram a sinopse ou já ouviram falar do livro ou que seja... Já sabem que Anne morre nos campos de concentração, mas ter mais uma parte dela para nós é reconfortante. O autor apresenta cada uma das mulheres que tiveram contato com Anne, de forma sucinta. Para depois colocar os relatos de cada uma no livro.
São seis mulheres. Seis que conheceram Anne antes do nazismo bagunçar a vida delas e se reencontraram nos campos de concentração. Cada uma conta bem rápido sobre a vida dela antes e detalha um pouco do que lembram do período que foram presos e de como foi ver Anne, sua irmã Margot e os pais de ambas já lá no campo nazista. Os relatos por vezes se assemelham, mas não tanto porque cada um ia para uma direção, cada um mesmo do mesmo grupo tinham sua história, seus passos diferentes. Inclusive os pensamentos, sabemos o que pensaram em vários momentos e de como foi resistir contra a morte.
"Eles não sabiam o que fazer conosco e aquilo tudo certamente formava uma imagem horrível - todos aqueles judeus e aquelas pessoas doentes, todos magros feito varas."
O reencontro e os esbarrões que damos com a Anne são poucos, e não culpo cada uma das mulheres por não detalharem mais a família Frank, que estavam como muitos, em uma situação deplorável. Mas já adianto que aquece o coração, e é a nossa mesma Anne dos diários, a personalidade de Anne é a mesma e tão singular! Já estou segurando as lágrimas aqui e nem fui eu que fui naquele lugar horrível.
Como são breves os momentos que Anne aparece, as mulheres continuam relatando sobre suas vidas lá dentro até o momento em que são resgatados ou conseguem sair de lá. Teve mulheres que gostei mais do que outras, há uma que desgostei, mas não dá para resumir sobre elas, Willy fez um bom trabalho juntando todas as pessoas e correndo atrás das pessoas. Algumas não queriam relembrar desse momento (e com razão), outras não querem até hoje irem nos locais onde ocorreu. E é normal isso, mas foi uma barreira que o autor teve que ultrapassar com essas vítimas.
"Se a luta é inevitável, então você precisa ficar e lutar."
Como não vou falar tanto delas, posso dizer que pelo menos essas mulheres deixaram grandes lições, foram forçadas a amadurecem muito rápido. Uma das coisas mais bonitas é que andavam em grupos já que tinham que formar grupos na hora de comerem, e então esse grupo permaneceu unido e dentro de cada grupo, todas eram próximas à alguém. Ou seja, todas defendiam todas no grupo, e se ajudavam (até mesmo passando fome para arruma calças para uma integrante e coisas do tipo), e também andavam em duplas com quem eram mais próximas. E algumas das amizade continua firme até a morte, de forma que mantêm contato mesmo depois de tudo. Só assim era possível vencer os nazistas lá dentro. Juntas poderiam suportar toda dor.
Anne sempre andava junto com sua mãe e sua irmã Margot, elas cuidavam unas das outras em cada momento. Não há duvidas de amor dentro dessa família, lá qualquer desavença ou contrito que tivessem tido eram esquecidos, porque precisavam estarem unidos. Anne cuidava muito de Margot, e vice versa, a mãe, Edith cuidava de ambas e o pai quando podia se juntava à elas. Otto Frank é um homem muito bom e querido pelo que percebi no livro. Ele ajudou as amigas de Anne quando tudo tinha acabado e ele mesmo que sempre fora o "Tio Otto", se tornou para algumas como um pai.
"Você passa o dia todo alerta, não pode fazer nada, fica pensando sobre aquilo. É por isso que nunca assimilamos o que aconteceu. Por isso queremos que jamais volte a acontecer - nem com o nosso pior inimigo."
A história é linda, qual história se superação do Nazismo não é né? Mas dei apenas 3 estrelas por motivos óbvios que o livro era para ser profundamente sobre Os Sete últimos Meses de Anne Frank e não sobre a vida das outras seis mulheres e de Otto, a capa junto com o título não passa de uma estratégia para alcançar mais público. Porque não temos a narração dos sete últimos meses, temos muito pouco de Anne, nenhuma mulher ficou perto o suficiente dela para contar como foram cada um desses meses. Fiquei meio revoltada com isso após a leitura, mas agora estou mais calma, que bom que eu não sabia disso antes porque acho que eu não teria lido ele.
E acabo por aqui my sweets, o livro foi uma experiência muito boa e contém frases muito lindas. Não é um livro muito forte como os demais que falam sobre essa época, então acho tranquilo para maiores de 16 anos. Agora me contem o que vocês acharam e se já leram o Diário de Anne Frank 😃
"Posso falar sobre o que aconteceu, mas ninguém pode trazer alívio. Nesse sentido, os fascistas alcançaram uma vitória mundial. Temos que garantir que isso nunca mais volte a acontecer."
Oi, Melissa tudo bem? Eu já li este livro e me agradei da leitura, muito embora eu esperasse mais da obra. É um livro tocante, apesar de o foco ser claramente desviado do que ele se propõe a ser. Amei sua resenha, parabéns. Abraço!
ResponderExcluirhttps://lucianootacianopensamentosolto.blogspot.com/
Ainda não li nenhum livro sobre a Anne, mas é impossível não conhecer sua história. Livros que abordam esse período da história geralmente costumam chamar nossa atenção, ainda que possuam uma temática tão delicada. Achei uma pena o livro levar o nome da Anne, mas apresentar tão pouco sobre ela como você citou, mas ainda obrigada pela dica!
ResponderExcluirBlog Profano Feminino
Oi
ResponderExcluirNunca li nada referente a Anne F, preciso ler algum dia, pois parece ser uma história triste, mais real, que bom que gostou da leitura.
http://momentocrivelli.blogspot.com/
Oii
ResponderExcluirNunca cheguei a ler nada envolvendo a história da Anne e preciso urgentemente acabar com isso. Adorei sua resenha.
Beijinhos!
https://focadasnoslivros.blogspot.com/
Olá...
ResponderExcluirAdoro ler livros que se passam durante a 2 Guerra, acho que esses livros são lembretes vívidos do que não devemos fazer para não tornar a repetir as mesmas atrocidades dentro de uma sociedade inteira! Esse livro está dentre meus desejados e espero poder ler em breve ;)
Bjo
http://coisasdediane.blogspot.com/
Olá!
ResponderExcluirJá li 'O Diário da Anne Frank" e achei a obra bem pesada, então quando você diz que essa é mais leve, fico otimista para recomendá-la a pessoas mais jovens.
beeijos
http://estante-da-ale.blogspot.com/
Amo a história da Anne Frank e não conheço essa obra que você indicou. Obrigada pela dica.
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Beijos