Resenha: O Tatuador de Auschwitz

Título: O Tatuador de Aushwitz / Editora: Planeta 

Autora: Heather Morris / Páginas: 240

Resenhista: Mel / Adicione: Skoob

Sinopse: Nesse romance histórico, um testemunho da coragem daqueles que ousaram enfrentar o sistema da Alemanha nazista, o leitor será conduzido pelos horrores vividos dentro dos campos de concentração nazistas e verá que o amor não pode ser limitado por muros e cercas.

Lale Sokolov e Gita Fuhrmannova, dois judeus eslovacos, se conheceram em um dos mais terríveis lugares que a humanidade já viu: o campo de concentração e extermínio de Auschwitz, durante a Segunda Guerra Mundial. No campo, Lale foi incumbido de tatuar os números de série dos prisioneiros que chegavam trazidos pelos nazistas – literalmente marcando na pele das vítimas o que se tornaria um grande símbolo do Holocausto. Ainda que fosse acusado de compactuar com os carcereiros, Lale, no entanto, aproveitava sua posição privilegiada para ajudar outros prisioneiros, trocando joias e dinheiro por comida para mantê-los vivos e designando funções administrativas para poupar seus companheiros do trabalho braçal do campo.

Nesse ambiente, feito para destruir tudo o que tocasse, Lale e Gita viveram um amor proibido, permitindo-se viver mesmo sabendo que a morte era iminente.

Nota: 5/5  

"Viver, em Auschwitz, era um ato de rebeldia."

Hey Pessoal! 

Mais uma vez trago minhas impressões sobre os livros que retratam a fase da Segunda Guerra Mundial. Tenho um fascínio enorme pelo que aconteceu, e esse ano tem sido o que me permiti ler todos que eu esbarro à respeito desse tema, então... ainda teremos mais resenhas sobre o Holocausto, o Nazismo e tudo que houve por volta de 1940, se der tudo certo haha

Leiam essa resenha! Por mais que seja um tema forte quando se fala nessa época, esse foi o livro mais lindo e brilhante que já li de todos. E todos deveriam saber dele ♡

❣

O livro narra a história de Lale e sua trajetória de tudo que enfrentou nos campos de concentração. Ele foi em um período em que não apenas judeus estavam sendo levados aos campos, mas também políticos, ciganos, intelectuais, homossexuais e todos que iam contra o governo e contra os padrões da sociedade. 

"Se você acordar pela manhã, é um bom dia"

Lale se destaca logo nos primeiros dias, aliás, desde que entrou no vagão à caminho do campo de concentração. Quando todos perceberam onde estavam sendo levados, Lale era a pessoa otimista em meio à todos, dando sempre uma palavra sábia para aquietar os corações. É uma característica dele se doar para a felicidade, a esperança, sempre vendo o lado bom de tudo. Logo no início, Lale quase morre quando tem uma febre muito forte, por sorte ou destino ele é salvo por um homem que vê algo diferente nele. 

Esse homem era o atual tatuador do campo. Aliás esse é o primeiro livro que leio do tema e que cita as tatuagens feitas nos braços dos indivíduos, os numerando, deixando-os sem nomes. Ele oferece o cargo também a Lale, assim ele teria mais regalias e poderia viver por mais tempo. E ele consegue. Em meio à tantos morrendo por doenças, fome e fraqueza, ele se torna uma ponte para salvar as outras pessoas da forma que fosse. levando comidas, suprimentos, dando cargos aos amigos para não sofrerem com o trabalho pesado e entre outras formas.

"Salvar um é salvar o mundo"

E também no início, quando começa a tatuar, ele se vê em uma tortura... Tatuar mulheres, garotas, crianças. Ele achou que jamais conseguiria isso. Ele foi criado tão bem, um exemplo de homem, sempre fez das mulheres uma imagem linda, como poderia ele machucá-las? Tantos anos admirando-as, treinando com a mãe a maneira de flertar e fazê-las sorrir... Mas foi obrigado pela própria sobrevivência e quando foi tatuar o braço de Gita, ele se apaixona. Ele achava todas as mulheres bonitas e respeitava-as como ninguém e desejava um dia encontrar uma companheira, e quando olhou pra ela, ela era a mais linda de todas! Quem poderia imaginar que em meio à escuridão que cercava a nova vida dele, ele fosse se apaixonar tão perdidamente? 

Com muita dificuldade, o livro narra esse romance entre os dois. Lutaram juntos para vencerem a fome, a opressão, a morte, a distância e toda a dor. Fiquei com o coração na mão com medo do Lale se submeter à depressão, mas ele manteve-se firme e deu esperança à todos. Deu uma lição de vida, nos ensina a sermos gratos e a ter esperança, sempre ver o lado bom das coisas, mesmo que tudo esteja dando errado. Tem também a aparição do Josef Melgele, atormentando e dando medo no Lale a cada vagão de pessoas que tinha que tatuar e caramba... todas as vezes que Josef aparece é recheado de tensão, você praticamente começa a suar de nervosismo. 

"Ao terminar, segura o braço dela um instante além do necessário, olhando de novo em seus olhos. Ele força um breve sorriso. Ela retribui com um mais discreto. Mas os olhos dela dançam diante dele. Olhando para eles, o coração de Lale parece, ao mesmo tempo, parar e começar a bater pela primeira vez, forte, quase ameaçando pular para fora do peito."

Eu amei de verdade esse livro, nem tenho palavras pra descrever como ele é incrível. Ele superou todas as minhas expectativas, o livro parece ter muito mais que 240 páginas quando se está lendo. Tem os seus momentos ruins pra caramba que todo livro sobre esse momento da história geralmente tem, mas também tem momentos lindos, de amizade, companheirismo, e até laços como de família são criados mesmo dentro do campo. O livro parece narrar a trajetória de um poeta, de tão lindo e recheado de esperança que é.

Gita tinha suas amigas próximas que sempre a ajudavam e não se desgrudavam, e uma delas, Cilka, é a que tem uma história pra lá de emocionante. E descobri que já tem o livro dela "A Viagem de Cilka"  que irá falar da vida dela após o final do Nazismo, e estou mega ansiosa para ler esse livro!

E vocês? Já se aventuram em algum dos livros que relatam o cenário e os acontecimentos da Segunda Guerra Mundial?